sábado, 21 de fevereiro de 2009

Batizado - Família T.U

"Nós fazemos teatro contra a ignorância, o terror, a falta de educação, a propaganda de promessas, o conforto moral, a ordem acima do progresso, a fome, a falta de dentes, a falta de amores, o obscurantismo... nós fazemos teatro. Fazemos teatro pra dar sentido às potencialidades, pra ocupar o tempo, pra desatolar o coração, pra provocar instintos, pra fertilizar razões, por uns trocados, por uma boa bisca, porque é fundamental e porque é inútil. Pra subir na vida, pra cair de quatro, pra se enganar e se conhecer... contra a experiência insatisfatória; contra a natureza, se for o caso, nós fazemos teatro.

Fazemos teatro pra não nos tornarmos ainda pior do que somos. Pra julgar publicamente os grandes massacres do espírito. Pra viabilizar a esperança humana, essa serpente... nós fazemos teatro de manhã, de tarde e de noite. Nós somos uma convivência de emoções, 24 horas distribuindo máscaras e raízes. Nós fazemos teatro de tudo, o tempo todo, porque acreditamos que a vida pode ser tão expressiva quanto a obra e que devemos ter a chance de concebe-la e forni-la artisticamente. Porque estamos acordados. Porque sonhamos os nossos pesadelos. Nós fazemos teatro apesar daqueles que, por algum motivo que só pode ser estúpido, estejam “contra” o teatro. Aliás, o que pode ser “contra” algo tão “a favor”? Nós fazemos teatro contra a mediocrização do pensamento; a desigualdade entre os iguais e a igualdade dos diferentes.

Nós fazemos teatro contra os privilégios dos assassinos de gravata, batina, jaqueta, toga, minissaia, vestido longo, farda, camiseta regata ou avental. Contra a uniformidade, nós fazemos teatro. Nós fazemos teatro contra o mau teatro que querem fazer da realidade. Nós fazemos teatro pra explicarmo-nos – ainda que mal – e ao mal de todos nós dar algum destino menos infeliz.

Nós fazemos teatro pra morrer de rir e pra morrer melhor. Pra entender o inestimável, se esfregar no infalível, revelar a nobreza, experimentar as mais sórdidas baixezas, pra brincar de Deus... Nós fazemos teatro, comendo o pão que os diabos amassam, os pratos feitos que as produções financiam e os jantares que as permutas permitem. Nós temos fome da fome do teatro. Porque onde houve e há teatro, houve e há civilização. Fazemos teatro sim, tem gente que não faz e está morrendo, essa é que é a verdade.”

Fernando Bonassi
Obrigada querida família T.U...

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Em breve, novidades...


"O teatro não é a fama, a glória com que sonhei. O teatro é perseverar. É carregar a cruz. E ter fé. Quando eu penso na minha vocação, eu não tenho medo da vida."

Campanha de Banalização do Teatro Mineiro

Outro dia conheci "DOIS CASAIS EM MAUS LENÇÓIS ". Nervosos, discutiam "DEZ MANEIRAS DE DESTRUIREM SEUS CASAMENTOS". Teve início então uma "COMÉDIA DOS SEXOS", pois o "ALFREDO VIROU A MÃO", e saiu gritando "ACREDITE, UM ESPÍRITO BAIXOU EM MIM", quer dizer, "NAQUELES DOIS DE PAUS", enquanto as "PERIGOSAS PERUAS" convocavam "AS VIZINHAS" para a "VINGANÇA DE MILONGA".
Para isso também convidaram a "CREUZA PARA TRAZER A NEUZA", numa tentativa de "SOBREVIVER EM FESTAS E RECEPÇÕES DE BUFFET ESCASSO", principalmente diante das "CONFIDENCIAS DE UM ESPERMATOZÓIDE CARECA", que insistia em seduzir "A VIRGEM DE 40, AGORA OU NUNCA", espermatozóide de "CORAÇÃO SAFADO" que, apesar de nunca ter dito "FOI BOM, MEU BEM" para o "MEU TIO QUE É TIA" no banheiro do "HOTEL CARINHOSO", acabou na "VIRADA DO SEXO" com o CAJU mais o TOTONHO falando "DA COISA BOA", enquanto num cantinho "A CONCESSA CONTINUAVA TECENDO A PROSA" e o "CEGUINHO XINGANDO A MÃE" do famigerado espermatozóide.
No meio desta confusão o "JUCA, UM JECA", sabendo que é dura a "VIDA DE SOLTEIRO", optou pelo "SEXO TROCADO" de "ROMEU E ROMEU", procurando no entanto manter "CUIDADO PRO PAPAI NÃO DESCOBRIR", sem saber que "DEFUNTO BOM É DEFUNTO MORTO", decepcionado que estava depois de viver "AS DESVENTURAS DE UM HOMEM DESCASADO". Afinal, o Juca concluiu que para ser feliz "UMA NOIVA SE DISPUTA" em "RITMO QUENTE" sob os passos de "ZORBA", senão como diz "CONCESSA, A COISA PINDURA E CAI".
Mas atenção com o "PERIGO, OS MINEIROS ESTÃO EM FÉRIAS", no entanto alguns picaretas do teatro continuam usando verbas públicas nessa campanha que só colabora para a mediocridade e a idiotização da platéia. É uma pena, afinal, como enfatiza um dos títulos das peças em cartaz, "QUEM RI POR ÚLTIMO É RETARDADO.

Autor desconhecido