Tenho pensado que falar de teatro é também falar de amor. Não desse romantismo piegas, mas amor mesmo no sentido mais amplo, do jeito mais grandioso. Assim como toda manifestação de arte, as artes cênicas transformam em simbolismo detalhes humanos. Afetos, sonhos, angústias, tristezas, loucuras, medos, raiva, esperanças, amores. Sentimentos que marcam um tempo e que revelam o que há de delicado e sórdido no individual-coletivo. Se a arte é sentimento, se esse sentimento pode se resumir em amor, eu penso sempre que ser ator, praticar a ação cênica, é explodir esse sentimento e expandí-lo como um grito. É conseguir envolver o outro nessa explosão, é deixar os estilhaços atingirem aos que veêm e, além disso, muito além, permitir que o coletivo também exploda em êxtase e euforia. Para sentir é preciso força, vontade, e o que é o teatro senão essa mistura de sentimentos que nos invadem, que nos transformam e nos fazem ir adiante nesse mundo louco? São essas misturas de emoções que me envolvem.
domingo, 13 de abril de 2008
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Um comentário:
Nossa!
Como comentar o incomentável?
Há palavra mais ampla que inefável??
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